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sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

Mudançando de destino

Já que a moda agora é ser louco
E seguir moda significa ser igual
Resolvi ser diferente um pouco
E virar uma pessoa normal.

domingo, 10 de janeiro de 2010

Nota de esclarecimento

Mais um ano começa, mais uma década se inicia.
Achei o momento propício para poder esclarecer possíveis dúvidas de alguns possíveis leitores que, por um motivo ou outro, resolveram acompanhar meu blog. Desde 2008, nos deparamos aqui, no hiperativo-categorico.blogspot, com toda uma gama de figuras exóticas, tipos excêntricos e personagens irreverentes, especialmente quando tratamos dos tipos ideais weberianos.
Não pude deixar de notar que por vezes essas figuras suscitaram dúvidas entre os leitores, muitos deles chegando a achar que em algum momento eu pudesse me identificar com alguma delas. Não que isso nunca tenha ocorrido, mas eu jamais me arriscaria a dizer que a elaboração dessas figuras teria qualquer propósito auto-crítico, salvo em alguns raros casos.
Sem mais delongas, proponho-me a revisar, um por um, todos os personagens analisados até aqui, deixando sempre claro quando existe - e quando não - qualquer sentimento de identidade entre criador e criatura.


O VESTIBULANDO FELIZ
É engraçado como tem gente que pensa que, só porque conseguiu marcar as bolinhas certas e escrever uma redação que agradasse a uns professores carrancudos, pode desfilar com toda pompa e orgulho, achando-se o verdadeiro escolhido de Deus. (Para maiores informações, basta ler as notas da nova Jerusalém e o comovente depoimento de Renato).

O JOVEM MOTORISTA INDEPENDENTE
Ser independente vai muito além de ter um carro. Muito mais importante é ter a capacidade de comprá-lo e não dever satisfação a ninguém quando batê-lo. Não quero uma independência ao estilo de "território autônomo" ou "departamento de ultramar"; quero uma independência ao estilo "Dien Bien Phu"!

O MISSIONÁRIO ATEU
Ele está por aí, em todo lugar ao meu redor: pode ser meu professor, meu colega de sala, meu amigo e tantos outros... Desde que não seja eu, e que não me venha salmodiar as boas-novas do ateísmo, por mim tudo bem.

O CINÉFILO
Aqui dá-se quase o mesmo que com o missionário ateu: ele me cerca por todos os lados, impossível evitá-lo. Mas tudo vai bem, desde que não me contamine.

O ESTUDANTE DE RELAÇÕES INTERNACIONAIS
Como fiz questão de deixar claro no próprio texto, ele possui um caráter auto-crítico. Mas como não sou mais um estudante de R.I., suponho que tenha se tornado anacrônico.

O CHRAETINUS IGNOBILIS
Uma de minhas mais perfeitas e trágicas criações! E é justamente por lhe dever tanto mérito que faço questão de me afastar dela, e deixar que ela se chafurde sozinha em tanto glamour.

RENATO: O CALOURO FELIZ
Acredite ou não: ele existe (mas não é dono deste blog).

N.
Diria apenas que N. é a personificação daquilo que busco não ser. Diria ainda que N. é uma versão manca de mim - um Marcelo coxo, ruim das pernas. Por isso mesmo ele é N., e não M..

HENRIQUE, O HISTORIADOR CONFIANTE
A diferença entre a prostituta acadêmica e a de beira de estrada não é lá muito significativa: ambas adoram rodar a bolsinha. Acontece que a prostituta de beira de estrada o faz como descontração, ao passo que a acadêmica o faz por ostentação: adora mostrar aos outros a bolsa que conseguiu do professor com o qual manteve relações promíscuas (sejam elas morais ou quem sabe até mesmo físicas) - relações essas sem as quais jamais conseguiria a bolsa ostentada.